12 DE JUNHO 2020 | #18

ALL ABOUT

COMUNICAR É ACRESCENTAR VALOR

INDISPENSÁVEL

Preconceito que já vem de outros tempos

Durante toda a semana têm-se assistido a protestos contra o racismo em alguns países, como Portugal, Estados Unidos e África do Sul. Mas será o racismo a única forma de preconceito preocupante no mundo?

Junho é o mês escolhido para celebrar em todo o mundo o Orgulho LGBTQIA+. Foi assim escolhido devido à Revolta de Stonewall, que remete para diversas manifestações violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova Iorque na madrugada de 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn (bar gay e recreativo), num bairro em Nova Iorque.

Neste mês erguem-se orgulhosamente bandeiras coloridas (inspiração no arco-íris como símbolo de paz e harmonia) pelo mundo fora. Um símbolo de união, força, resiliência e, sobretudo, orgulho. Uma luta importante para a conquista de direitos igualitários e para acabar com o preconceito.

O coronavírus tem sido um desafio para todos, mas para as pessoas LGBTQ+ as dificuldades são muito específicas. Muitas isolam-se, porque as famílias não as aceitam. Grupos vulneráveis de pessoas LGBTQ+ enfrentam agora um risco maior de desemprego e perda de casa, e os governos de alguns países, como acontece na Hungria, poderão introduzir a legislação anti-trans, capaz de bloquear o acesso de pessoas trans aos cuidados de saúde.

O Pride é um desfile que acontece em junho e em que se festeja este orgulho, mas devido ao contexto atual, tem sido cancelado ou adiado em muitos países. Uma notícia que desmotivou muitos, mas que deu mais força a outros para não parar. Vários organizadores estão a transitar as celebrações para o online. Os protestos digitais do Pride irão continuar a defender esta causa durante o mês de junho e as campanhas digitais já estão programadas em alguns países, como na Rússia e nos Estados unidos.

“[Esta] comunidade sempre emergiu apesar das adversidades para inspirar, criar e organizar nos nossos próprios termos, e este ano não é diferente”, lê-se na Vogue.

POR CÁ

“É o fim de um ciclo” no Eurogrupo

“Ainda não é altura de dizer adeus, mas já é altura de dizer ‘muito obrigado’, Mário.” São algumas das palavras dirigidas a Mário Centeno que, esta quinta-feira, deu início à corrida à sua sucessão no Eurogrupo. “Todas as coisas boas têm um fim”, afirma. O Ministro das Finanças assumirá a presidência até ao final do seu mandato, dia 12 de julho, e “a abertura oficial de candidaturas será lançada em breve pelo Conselho, [tendo] os ministros até 25 de junho para enviar as cartas de motivação a apoiar as respetivas candidaturas”. Mário Centeno não participará no exercício de voto, mas garante que “há imensa qualidade entre os ministros das Finanças no Eurogrupo neste momento […]. Podemos dar por adquirida a qualidade do próximo presidente”. Avança, ainda, que sai a bem com António Costa: “Nada mudou do ponto de vista político nem do ponto de vista pessoal”, disse em entrevista à RTP. “Não houve nenhuma deterioração da minha relação com o primeiro-ministro, não podia haver nem seria sério. Ficaria surpreendido ou desgostoso da possibilidade de eu poder exercer o meu cargo sem uma relação transparente com o primeiro-ministro. Isso nunca esteve em causa”, conclui. Para ler no Dinheiro Vivo e no Expresso.

 

O impacto económico substancial da crise em Portugal

Portugal vai sofrer um “impacto económico substancial”. O alerta é dado pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), no relatório anual relativo a 2019 que, ao mesmo tempo, elogia a redução do crédito malparado no sistema financeiro português. O MEE prevê que a pandemia provocada pela Covid-19 venha a criar uma “incerteza significativa” nas contas portuguesas, embora reconheça as “importantes medidas” adotadas pelo país para minimizar as consequências. No ano passado o crescimento económico “foi moderado”, mas, ainda assim, “manteve-se acima do ritmo da zona euro”. Um cenário que poderá mudar em 2020, afetado pelo choque da crise. Leia no SOL.

 

 

 

LÁ FORA

Os protestos e a necessidade de mudança

Milhares de americanos têm saído às ruas nos últimos dias para protestar contra o racismo – muitos deles pela primeira vez nas suas vidas. George Floyd não foi o primeiro afro-americano a morrer nas mãos de um polícia, no entanto, as manifestações são agora mais visíveis e impactantes. Mas o que mudou? A forma como a resposta é sustentada e difundida. Enquanto noutros casos a história era mais ambígua, havendo sempre uma visão parcial, agora os vídeos e as imagens falaram por si e não deixaram margem para erros. E como pôr término a esta problemática? Mais do que consciencializar, é preciso agir. A mudança só vem com união.

Em Washington, dezenas de milhares de pessoas encheram as ruas e cerca de metade da multidão não era negra. “[As] nossas vozes claramente têm mais poder se tivermos pessoas brancas para nos ajudar”, referiu um morador local. Os manifestantes pedem que sejam implementadas mudanças específicas, como a inclusão de câmaras corporais nos polícias e o maior incentivo ao voto. Por enquanto, os pedidos ficam ainda pelas manifestações, mas parecem já ter gerado uma maior predisposição por parte dos governos locais e das empresas para atuar sobre esta causa, lê-se no artigo da BBC News.

 

Trump recusa-se a “confinar” de novo a economia

Wall Street afunda 6% com perspetiva de segunda vaga da pandemia, numa altura em que a primeira ainda está longe de se encontrar definitivamente controlada. Donald Trump já disse que não voltará a “confinar” a economia, o que poderá resultar num problema de saúde pública que está longe de ter um resultado positivo no país. O secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, corroborou Trump, constatando que a economia não irá parar, apesar da subida no número de infetados. “Não podemos voltar a fechar a economia. Penso que aprendemos que se fecharmos a economia, vamos criar mais danos – e não apenas danos económicos, mas também noutras áreas”, disse Mnuchin à CNBC. Para ler aqui, no Jornal económico.

Contra factos não há argumentos

Falta de proteção das crianças na exploração laboral

Assinala-se esta sexta-feira o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil e, embora em Portugal este “não [atinja] as dimensões que atingiu no passado”, continua a merecer a preocupação de todos que devem ser convocados “a agir, dada a condição de pobreza, fome e violência extrema de muitas famílias, condição que se agrava com a situação da pandemia”, afirmou, esta quinta-feira, a Confederação Nacional de Combate ao Trabalho Infantil (CNASTI), em comunicado. É uma realidade que continua a existir e que deixa clara a ideia de que há, ainda, “uma considerável falta de proteção das crianças expostas a muitos riscos e vítimas dos mais variados tipos de exploração laboral”, lamenta a CNASTI.

A organização tem recebido várias denúncias na sua página da Internet a alertar para situações de crianças a trabalhar, sobretudo na área da restauração, fazendo referência também à participação de muitas delas em espetáculos e na moda. “Sendo estas informações preocupantes e merecedoras da nossa atenção, é também particularmente perturbador o trabalho infantil sob a forma de tráfico ou exploração sexual”. É preciso mobilizar “a sociedade, os trabalhadores, os empregadores e os governos de todo o mundo” no sentido de eliminar esta prática. Leia no Dinheiro Vivo.

 

Como sobreviver

À falta dos Santos Populares… vá ao Monsantos!

Num ano em que a ausência das marchas populares se fará sentir em muitas pessoas, a solução passa por procurar alternativas. No novo restaurante do Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa – o Monsantos Open Air Restaurant – já cheira a Santos Populares! Às sardinhas assadas, aos enchidos e à entremeada portuguesa ao ar livre, junta-se a decoração e a música popular portuguesa. Aberto durante toda a semana, desde o início deste mês até setembro, é um espaço que remeterá para os tão tradicionais Santos Populares, com toda a animação que lhes é característica. Para conhecer na Visão Sete.

 

O “foco” como atributo base no delinear de estratégias nas empresas

Grande parte das empresas continua preocupada com estes tempos imprevisíveis e, se há atributo que não pode faltar no delinear de estratégias é o “foco”. Porém, nem sempre é fácil alcançá-lo. De acordo com a revista New Statesman, com sede no Reino Unido, o número de pesquisas no Google sobre “como manter o cérebro focado” disparou entre fevereiro e início de maio de 2020. Rotinas interrompidas são uma das causas para a redução do período de atenção. Na Fast Company pode encontrar algumas dicas que o ajudarão a saber absorver melhor aquilo que o rodeia. Uma delas passa pela exploração de relacionamentos estratégicos. Muitas empresas importantes colaboram com funcionários, clientes e outras organizações para expandir os seus pensamentos. Um bom exemplo é a Nike e a Apple que se uniram para criar a Nike +. “As parcerias são transacionais. Os relacionamentos estratégicos são transformacionais”. Com uma sucessão mais ampla de pontos de vista, poderá ser capaz de criar algo que consiga ir além dos seus esforços individuais. Para ler aqui.

 

Facts&Figures

Lisboa cai para a 106ª posição no ranking das cidades mais caras para expatriados

Lisboa sai das 100 cidades mais caras do mundo para expatriados, ocupando agora a 106ª posição. É o resultado de um estudo realizado pela Mercer, que incluiu mais de 500 cidades em todo o mundo, e que contempla a análise e a comparação dos custos de mais de 200 itens em cada local. Entre eles, alojamento, transportes, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento. De acordo com o estudo, a capital desceu 11 posições na lista em relação ao ano passado, posicionando-se ainda à frente de cidades como Luanda (115ª posição), que se encontrava na primeira posição em 2017. Hong Kong lidera o ranking e Tunes (Tunísia) é a cidade menos cara. Conheça os resultados do ranking, no Público.

 

Portugal no pódio dos países com mais reservas de alojamento para este verão

A terceira fase de desconfinamento e o início da época balnear estão a atrair visitantes internacionais para as regiões mais turísticas. O Jornal económico dá a conhecer o ranking da plataforma online Travelgate, que revela que Portugal é o terceiro país com mais reservas em hotéis e apartamentos realizadas nos últimos dias para os meses que se seguem, com 9,8% das reservas. Espanha ocupa a primeira posição, seguida dos Estados Unidos, com 33,75% e 31,5%, respetivamente. Uma ideia que importa ter assente para que possam ser tomados os devidos cuidados de forma a evitar recuos. Consulte os restantes dados aqui.

 

 

 

 

Fazer a Diferença

IPO lança app para evitar deslocações dos doentes

Para responder a uma necessidade identificada pelos doentes, o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa lançou uma aplicação móvel (MyIPO Lisboa), no sentido de evitar deslocações desnecessárias. A aplicação permite aos doentes em tratamento e/ou seguimento no IPO de Lisboa ter acesso à sua agenda de consultas, tratamentos e exames, podendo ainda solicitar os resultados e aceder às recomendações e preparações antes da realização dos mesmos. A app pode ser descarregada gratuitamente nas plataformas Google Play e App Store, e o registo deverá ser efetuado com o número de telemóvel que está associado ao processo clínico no IPO Lisboa ou com chave móvel digital. Encontra-se também disponível no portal de internet do IPO. “O desenvolvimento da app decorre dos projetos de investimento em curso na modernização administrativa e tecnológica do Instituto, com vista à transformação digital, sem perder a matriz humanista e de proximidade”, destaca o Instituto no SOL.

 

Portugal dos Pequenitos implementa iniciativa para ajudar famílias

O Portugal dos Pequenitos – parque lúdico-pedagógico, em Coimbra, vocacionado para os mais novos –, inaugurado a 8 de junho de 1940, fez esta segunda-feira 80 anos. Não podendo celebrar o aniversário com os muitos eventos já preparados, decidiu que as crianças até aos 13 anos, inclusive, não terão de pagar entrada durante o mês de junho, que rondaria os 6 euros. Não lhes será igualmente cobrada a aplicação que permite uma visita guiada ao parque. Aos adultos serão cobrados 10,95 euros para entrar. “É uma forma de assinalar o aniversário, mas também tem a ver com o facto de sabermos que muitas famílias estão com dificuldades económicas”, afirma Ivo Pimentel, administrador da Fundação Bissaya e Barreto – proprietária do Portugal dos Pequenitos. Leia mais sobre esta iniciativa aqui, no Diário de Notícias.

Opinião de Hugo Costa

Uma nova economia: verde e digital

 A situação económica que o país enfrenta impôs medidas excecionais para a estabilização económica e social. “A reconstrução da economia europeia com solidariedade é um imperativo”, o que fez com que a Comissão Europeia apresentasse o plano financeiro de 750 mil milhões de euros. “Só uma resposta determinada – com um envelope financeiro adequado e que tenha a solidariedade como premissa – pode permitir combater as desigualdades, garantir o emprego e as necessárias respostas sociais”, afirma Hugo Costa, Economista e Deputado do PS. “Desta forma, acredito que este é o momento do nosso país e da Europa apostarem na reindustrialização e, simultaneamente, na sustentabilidade e na transição digital”, três vetores que, unidos, poderão fazer as empresas prosperar no futuro. Esta combinação passa pela forte aposta na descarbonização que, para Hugo Costa, é o elemento primordial no futuro processo de reconstrução da economia. Leia no Jornal económico.

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