29 DE MAIO 2020 | #16
ALL ABOUT
COMUNICAR É ACRESCENTAR VALOR
INDISPENSÁVEL
Chega de falar do vírus! Ou… será importante continuar?
Antes de irmos diretos ao assunto – à pandemia – contamos um contexto, uma história, um exemplo. Em 1896, houve um grande tsunami na vila japonesa de Aneyoshi, com ondas superiores a 30 metros, de que resultaram apenas dois sobreviventes. Em 1933, as pessoas continuaram a construir casas no mesmo lugar e outro tsunami atingiu a vila, levando tudo e deixando apenas quatro pessoas com vida. Para evitar uma nova tragédia, os sobreviventes de então colocaram uma pedra com um aviso “Não construa casas abaixo deste ponto. Lembre-se da calamidade dos grandes tsunamis”. Em 1960, um novo tsunami atingiu a vila, mas desta vez, deixando-a intacta. Em 2011, sucedeu-se outro tsunami derivado de um terramoto que atingiu o Japão – 900 vezes mais forte do que o terramoto do Haiti em 2010, com 200 mil mortos. No entanto, a vila Aneyoshi permaneceu – mais uma vez – intocável, graças à pedra colocada para evitar novas tragédias.
“Vamos esquecer rapidamente as lições desta pandemia. E isso vai impedir-nos de nos prepararmos para a próxima. Quando a última vaga do coronavírus recuar, que tipo de ensinamento (pedra-aviso) existirá para as gerações futuras?”, questiona a Fast Company. As pessoas tendem a subestimar ou a descartar riscos, mesmo havendo dados evidentes. Para que um lembrete seja realmente eficaz, uma grande parte da população deve reconhecer o risco e ser capaz de se preparar adequadamente.
Um esforço sem precedentes tem estado em andamento para preencher vastos arquivos digitais com informações relacionadas com esta pandemia. “As gerações futuras merecem estar na melhor posição possível para lidar com a próxima. E esta preparação inclui lembretes regulares sobre o que aconteceu em 2020”, lê-se no artigo.
POR CÁ
Um possível reajuste da próxima fase de desconfinamento
Com base na existência de novos surtos de Covid-19 nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se, esta quinta-feira, com os especialistas, no sétimo encontro no Infarmed. “Há preocupação em relação à evolução recente em Lisboa e Vale do Tejo, mas, em termos globais, a primeira fase de desconfinamento não perturbou o R (taxa de transmissão)”, esclareceu Marcelo. Para o chefe de Estado, “o que se passa hoje em Lisboa e Vale do Tejo deve ser ponderado pelo Governo nas próximas semanas”. Não existe um descontrolo. Tratam-se de surtos localizados, com cadeias de transmissão a ser acompanhadas, mas é uma situação que merece “especial atenção”, podendo resultar num “reajustamento” da próxima fase de desconfinamento prevista para o dia 1 de junho. O Dinheiro Vivo apresenta-lhe as suas declarações.
A Segurança Social apoia empresas com trabalhadores em lay-off
Até ao momento, a Segurança Social já transferiu 470 milhões de euros para as empresas que recorreram ao lay-off simplificado e que, por isso, têm direito a um apoio para o pagamento dos salários dos seus trabalhadores. Segundo a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, este regime já “protegeu” cerca de 804 mil postos de trabalho, abrangendo mais de 99 mil empregadores. Nesse pacote de medidas, destinado aos empregadores mais afetados pela crise pandémica, é permitida a suspensão dos contratos de trabalho ou redução da carga horária dos trabalhadores, cujos salários também sofrem um corte máximo de 33%. Para ler no ECO.
Governo retifica montante de apoio ao Observador
O Governo retificou em baixa os valores de apoio do Estado à Comunicação Social, mantendo o valor total da ajuda de 11,2 milhões de euros. Os montantes de apoio do Estado aos media para comprar espaço/tempo para publicidade institucional, no âmbito da pandemia de Covid-19, tinham sido publicados há duas semanas – a 19 de maio – destinando 19,9 mil euros para o Observador. Este meio, juntamente com o ECO, decidiu rejeitar os apoios atribuídos. A SIC e a TVI mantêm-se como os órgãos com maior apoio estatal. Um artigo para ler no Sapo.
LÁ FORA
Japão aprova novo estímulo de 1,1 biliões de dólares
O Japão, a terceira maior potência económica do mundo, aprovou um novo estímulo de 1,1 biliões de dólares para combater o impacto económico da pandemia, de forma a não entrar em recessão. Os gastos combinados do país estão entre os maiores pacotes fiscais do mundo para lidar com esta crise, aproximando-se do tamanho do programa de ajuda dos Estados Unidos, de 2,3 biliões de dólares. “Temos de proteger os negócios e o emprego dê por onde der durante este período difícil”, afirmou Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, frisando, ainda, que devem ser tomadas “todas as medidas necessárias para nos prepararmos para uma possível segunda onda da epidemia”. Leia no Jornal económico.
Muitos retomam a liberdade. Outros, como a Coreia do Sul, retomam… o isolamento
Embora grande parte dos países esteja agora a atravessar uma fase de maior alívio, nada está definido. Um exemplo dessa incerteza em que se vive é a Coreia do Sul. O Governo da Coreia, que já tinha posto em prática as medidas de desconfinamento, poderá ver recuos nesse processo. Um novo surto, ligado a um armazém de distribuição, foi detetado esta quinta-feira na capital Seul, com pelo menos 82 novos casos. Apenas num dia foram detetados 79 novos casos, o que identifica este surto como o maior a ser observado no país desde o início de abril. O Ministério da Saúde já decidiu encerrar todos os edifícios e serviços públicos. Parques, museus e teatros públicos voltarão a fechar pelo menos até 14 de junho. Foi aconselhado aos negócios privados que fechassem portas e aos residentes que ficassem em casa. Conheça este caso de retrocesso no Observador.
Trump assinou uma ordem executiva para as redes sociais
Donald Trump assinou, esta quinta-feira, uma ordem executiva, relativa à proteção legal das redes sociais (Facebook, Google e Twitter), que admite a isenção de responsabilidade por parte das plataformas digitais no que toca aos conteúdos publicados pelos seus usuários, conferindo-lhes total liberdade. Uma decisão que tem por base uma polémica entre o presidente e o Twitter, que ocorreu esta semana. O Twitter assinalou mensagens de Donald Trump com links de verificação de factos, por considerá-las ilegítimas e enganosas. O presidente norte-americano, com mais de 80 milhões de seguidores na rede social, nunca tinha sido confrontado com uma situação idêntica e atribuiu-lhe a designação de “repressão da liberdade”.
Esta sexta-feira, a rede social favorita do Presidente dos Estados Unidos apagou-lhe uma publicação por “incitamento à violência”. Nesse post, relativo à morte do afro-americano George Floyd, asfixiado sob o joelho de um agente da polícia, Trump aludia aos edifícios queimados e às pilhagens de lojas que se verificaram em Mineápolis, onde ocorreu o crime. Trump criticou a falta de liderança do mayor Jacob Frey — nas suas palavras “um radical de esquerda” — e ameaçou enviar a Guarda Nacional para controlar a cidade. “When the looting starts, the shooting starts.” (Quando o saque começa, começa o tiroteio.). A publicação foi apagada, mas numa nota colocada no espaço do tweet é disponibilizada uma ligação que a torna visível. “Pode ser do interesse público que este tweet continue acessível”, explica a rede social. Porém, não é possível comentar, fazer “gosto” na publicação ou partilhá-la sem fazer qualquer comentário. Para ler aqui, no Business Insider, e no Expresso.
Contra factos não há argumentos
Terá a China de mudar de mentalidade?
A China é considerada a maior exportadora mundial de produtos de luxo do mundo. Nos últimos anos o crescimento de bens de luxo no mercado foi atribuído principalmente aos consumidores chineses, com 90% do crescimento total das vendas em 2019, seguido da Europa e das Américas. Mas este desejo insaciável da produção foi subitamente interrompido com a chegada da Covid-19. Os especialistas preveem para este ano uma contração brutal de até um terço da dimensão atual do mercado de luxo.
Desde o início da pandemia, um quarto dos consumidores atrasou a compra de itens de luxo, procurando agora soluções mais baratas, como revelam dados divulgados no Visual Capitalist. A maioria dos inquiridos afirma que adiará a compra de itens de luxo até conseguir um acordo melhor sobre o preço.
Será que a indústria vai recuperar? Ou retornará como algo visualmente diferente? Embora haja sinais de recuperação na China, não se espera que o setor retorne totalmente aos níveis de 2019, no mínimo até 2022. Talvez seja precisa uma mudança comportamental que potencie o mercado de luxo em segunda mão, sugere o artigo.
Os jovens são os que mais sofrem com a crise
O surto de Covid-19 levou um em cada cinco jovens a perder o emprego, sendo que aqueles que o mantiveram viram o seu horário de trabalho reduzido em 23%. Dados esses revelados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), esta quarta-feira. De acordo com a 4ª edição do Observatório OIT/Covid, que monitoriza os efeitos da pandemia no mundo laboral, os jovens são os que estão a ser mais atingidos pela pandemia e “o aumento considerável e rápido desemprego jovem”, verificado desde fevereiro, está a afetar mais as mulheres do que os homens. Segundo o estudo, “testes rigorosos e o rastreio das infeções por Covid-19 estão fortemente relacionados com uma menor perturbação do mercado de trabalho”. Veja os resultados deste relatório aqui, na Visão.
Como sobreviver
Uma arte que não pode ficar para trás
Depois de Leiria, também Oeiras aderiu ao drive-in. Com o objetivo de dinamizar o regresso à normalidade social, cultural e económica, de forma segura e consciente, a City Conventions in the Yard vai organizar o Drive in Comic Com Portugal Sessions. Trata-se de um conjunto de sessões de cinema que vão decorrer na primeira semana de junho, a partir das 20h, no Jardim Municipal de Oeiras. O evento é gratuito, mas terá de ser feita uma reserva antecipada. A estreia encontra-se agendada para o Dia da Criança, 1 de junho, com a exibição do filme “O Meu Espião”. Consulte aqui toda a programação já disponível, bem como os requisitos a cumprir.
Um Verão mais restrito
Com o Verão a aproximar-se a passos largos e o transporte aéreo a retomar, também é previsível que a vontade de viajar aumente. Os países começam a pensar nas medidas a adotar para controlar o turismo. Sendo um setor que traz milhões para as economias, é, porém, importante combater o contágio do coronavírus. Enquanto uns decidem impor quarentena, outros preferem dar sinais de alívio. Saiba no ECO quais são os países que, até à passada segunda-feira, já decretaram quarentena obrigatória a quem chegar de fora.
Contribuir para a restauração é resguardar-se também a si
Está na hora de relançar a economia. Todos os setores são importantes para o reerguer do país e a restauração não é exceção. Com comida portuguesa, cozinha de autor, peixe, marisco, mexicanos, asiáticos e italianos, na Visão Sete pode encontrar uma vasta lista de bons restaurantes que já abriram portas em Lisboa e arredores. Seja na sala, na esplanada ou até com takeaway, torna-se necessário dar este passo. Só assim se conseguirá salvaguardar um setor tão importante para a economia e tão imprescindível ao bem-estar mental de todos.
Facts&Figures
Coronavírus versus “Bolsonavírus”
Em poucas semanas, o Brasil passou de um populismo de extrema-direita para um governo de autoritarismo. Como se o coronavírus não bastasse, acrescenta-se o problema “bolsonavírus”. Um mata, o outro também. As pesquisas de opinião mais recentes mostram um índice de “ataque” do bolsonavírus de 25% num país onde a prevalência oficial de coronavírus ainda é de 6%. Jair Bolsonaro defende que é com trabalho e união que se alcança a libertação, e que é hora de levantar a economia. “A partir de então o caos apresenta-se como o caminho mais seguro para uma ditadura que lhe permitiria restaurar a ordem que ele mesmo destruiu”. Na desobediência civil contra a “ditadura” do confinamento origina-se, assim, uma guerra civil. Um ensaio dos professores Frédéric Vandenberghe e Jean-François Véran, disponível no Público.
Netflix ou mais horas de sono?
A Netflix tem tido um lugar de destaque na rotina das pessoas, independentemente da idade, género ou classe social. A plataforma de streaming disponibiliza centenas de conteúdos, deixando qualquer um agarrado ao ecrã, talvez mais do que o aconselhado. Um estudo recente da Sleep Standards interrogou 1.032 pessoas nos Estados Unidos, entre os 18 e os 79 anos, para determinar de que forma o uso da Netflix afeta o seu sono. As questões abordadas permitiram extrair conclusões acerca do número de horas diárias despendidas em frente à plataforma, do valor percentual de pessoas com dificuldade em dormir e da faixa etária mais assídua. Os Millenials (23-28 anos) são quem mais assiste Netflix. Veja todos os resultados do estudo no Pplware.
O Verão está à porta. Que praia escolher?
Com a época balnear à espreita, marcada para o dia 6 de junho, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) publicou, na passada quarta-feira, as capacidades potenciais de ocupação das praias das regiões do Algarve e Tejo/Oeste. “Estas capacidades são um importante auxiliar para a gestão e utilização segura das praias, pois é a partir destes valores que pode ser dada informação – ao cidadão e às autoridades – de modo a direcionar os devidos comportamentos, de uma forma responsável”, adianta a APA, em comunicado. Existem, de momento, seis praias assinaladas com “eventuais problemas de lotação”. A praia de Quarteira e a da Rocha, no Algarve, são duas delas. Consulte o artigo no Sapo24 que lhe dá acesso aos documentos com a capacidade de cada praia. Uma informação que continuará a ser “atualizada de forma contínua, em tempo real”.
Fazer a Diferença
Não existem barreiras quando se trata de fazer sorrir
O Dia da Criança aproxima-se e, este ano, a Operação Nariz Vermelho (ONV) não poderá celebrar a data junto dos mais novos. A organização celebra, no dia 2 de junho, 18 anos de história e, hoje, espalha sorrisos em crianças hospitalizadas em 18 hospitais dispersos por todo o país. “Era essencial continuarmos a chegar às crianças que nesta altura precisam tanto ou mais de apoio e de quem lhes leve alegria e sorrisos” e, por isso, ajustaram a sua comunicação, logo em abril, com o lançamento de um canal de Youtube, o TV ONV. Durante o dia 31 de maio, véspera do Dia da Criança, a TV ONV vai ter uma programação especial, com momentos de humor, ginástica, música, uma hora do conto e muito mais. Uma data especial “que nem mesmo a pandemia da Covid-19 tem direito a ‘cancelar’”. Conheça esta iniciativa na Marketeer.
Mudam-se os tempos, mantêm-se as necessidades
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no oceano. Mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota”. O Thirst Project Portugal pretende, precisamente, juntar várias gotas para chegar a zonas críticas de países em desenvolvimento. Reunindo mais de 70 equipas de estudantes, dos 16 aos 23 anos, de norte a sul do país, tem como objetivo angariar fundos para levar água potável a essas zonas. Além disso, apostou no merchandising, ao disponibilizar camisolas e t-shirts para venda através do Instagram, que revertem a favor da iniciativa, e uma angariação de fundos, também online. Uma história que começou há 10 anos e que a Covid-19 foi motivo para não parar. Para ler no Público.
Ajudar é também proteger
O desconfinamento tem uma condição apenas. A proteção de uns e de outros. Mas há quem possa não segui-la à risca. Não por falta de vontade, mas por falta de meios. Com o intuito de fazer chegar a proteção da saúde a todos, a Câmara de Lisboa vai distribuir máscaras gratuitas a pessoas com carências socioeconómicas e a idosos isolados. O levantamento será feito nas instalações de cada Junta de Freguesia da capital, como pode ler no Diário de Notícias.
A União pela Cultura em Portugal
O impacto da crise tem sido devastador na vida de muitos artistas. Com o projeto #AllTheArtists, criado a 9 de abril, na sede da Fiamma – fabricante nacional de máquinas profissionais de café -, em Aveiro, esta realidade pode ser revertida. Foi escolhido o modelo da máquina da Fiamma para o projeto e, com a colaboração da Mistaker Maker, – Plataforma de Intervenção Artística -, foram convidados 21 artistas para as decorar. As máquinas de café foram colocadas à venda online no passado dia 15 de maio, disponibilizando para aquisição apenas cinco exemplares de cada obra, o que a transforma numa “peça única”. Parte do montante da venda destina-se ao artista que a decorou e uma outra parte a associações e entidades de caráter social por ele escolhidas. O projeto já recebeu pedidos de compra do estrangeiro e tem agora inscrições abertas para escolher mais 25 artistas, que desta vez não serão convidados, mas sim escrutinados e selecionados pela Mistaker Maker. A Visão dá-lhe a conhecer este projeto.
Opinião de Rita Serrabulho Abecasis
Os media são “tropas” essenciais da nossa infantaria
Antes da chegada da Covid-19, já a crise nos meios de comunicação social era uma ideia concebida. Chegada a guerra, é exigida a todas as nações a implementação de estratégias para “fintar o inimigo” e calibrar a bússola.
“Mas então e os media?…”, questiona Rita Serrabulho Abecasis, Managing Partner na Political Intelligence e CEO na Amp Associates.
Durante estes meses, a informação que entrava todos os dias nos diversos lares permitiu gerir variados sentimentos, possibilitando a orientação da vida e dos negócios. “Mas talvez seja bom recordar que os media não são uma instituição. São empresas privadas onde trabalham pessoas como nós, que além de se exporem ao vírus para fazer o seu trabalho, também têm ansiedades, medos, dúvidas e também têm vidas”. A comunicação social tornou-se parte integrante da sociedade e da vida de cada um, sendo percecionada por todos “como um direito adquirido”. No entanto, “os media estão a morrer”. E sem eles, a ideia de uma sociedade informada e de uma humanidade com ideologias e estrutura cultural, ficará fragilizada.
Para que este encontro com o dia continue a ser possível todos os dias, os media “deveriam ser tratados com mais dignidade quer pelos cidadãos, quer por todos os atores sociais e económicos que deles dependem para se fazerem ouvir. E talvez o Estado pudesse começar aqui a dar o melhor exemplo, investindo como qualquer empresa ou cidadão no pagamento de subscrições dos media portugueses para os profissionais do setor público, ao invés de investir em publicidade institucional”, apela Rita Serrabulho Abecasis no Expresso.