08 DE MAIO 2020 | #13
ALL ABOUT
COMUNICAR É ACRESCENTAR VALOR

INDISPENSÁVEL
A necessidade de contacto e de toque faz de nós humanos. É o que nos permite estabelecer relações duradouras com os outros. E experimentar sensações positivas. O aperto de mão, o abraço, a mão que se estende ao próximo, estão interrompidos por tempo indeterminado. A sensação de medo e de ameaça constante dominarão os dias futuros.
A Covid-19 veio transformar as rotinas, sobretudo no que toca às ligações sociais. O que antes era tão fácil, tão comum, na rua, no trabalho, nas escadas do prédio, no jardim, transformou-se numa impossibilidade. Um cenário que se deverá estender nos tempos que temos pela frente.
Numa fase em que muitos países estão a levantar as medidas de confinamento, cada vez mais questões se levantam? Como agir perante o outro? Como interagir com distância, em segurança, mas sem parecer frio?
Os próximos tempos trarão maior dificuldade em estabelecer relações, mais lacunas na interpretação da comunicação com os outros. “Tocar ou sussurrar ao ouvido de outras pessoas [são atos que] provavelmente desaparecerão durante um bom período de tempo”, refere um especialista em psicologia organizacional da Manchester Business School, neste artigo da BBC Future.
Quando o surto do novo coronavírus chegou ao Reino Unido, o Governo optou por cancelar, logo em março, a realização dos exames de conclusão do Ensino Secundário e de acesso ao Ensino Superior. Uma decisão que criou sentimentos de angústia, sobretudo nos jovens de 18 anos que viram “anos de educação desperdiçados”.
Terão sido os seus esforços em vão ou será esta a oportunidade ideal para elaborar um programa educacional que prepare melhor os jovens para a vida adulta? Estarão eles, neste momento, preparados para navegar neste mundo novo? Ou será preciso, antes, criar um universo alternativo aos exames e, quem sabe, mais educativo? Leia no Financial Times.

POR CÁ
O ministro das Finanças, Mário Centeno, em entrevista à RTP3, esta quinta-feira, estimou uma quebra do PIB nacional este ano na ordem dos 15 mil milhões de euros, com a taxa de desemprego a ficar “ligeiramente abaixo” dos 10%, como consequência da pandemia de Covid-19. Entretanto, de acordo com o Programa de Estabilidade aprovado e entregue no Parlamento também ontem, as medidas de combate ao surto com impacto orçamental representam 0,9% do PIB enquanto as restantes (11,8%) tem apenas impacto financeiro. O documento não tem previsões de PIB nem metas de défice. Para saber mais no Dinheiro Vivo, aqui e aqui.
O grande desafio, no pós-pandemia, trata-se “não de combater ou de fazer recuar a globalização, mas sim de a ajustar a uma nova realidade e a um novo quadro de valores que vai emergindo aos poucos”. Pedro Reis, Head da Banca Institucional do Millennium BCP e ex-Presidente da AICEP, aponta para a criação de “linhas de defesa” complementares, capazes de “trazer uma blindagem de várias economias em relação a um défice de autonomia de setores críticos e de áreas nevrálgicas para a soberania dessas economias nacionais ou regionais”. Uma estratégia que, a seu ver, possibilitará o levantamento da economia. Para ler no Dinheiro Vivo.
Nesta primeira semana, após o fim do estado de emergência, pouco e pouco, as rotinas vão sendo recriadas e a economia retoma, embora de forma lenta e amedrontada. Alguns estabelecimentos, como os cabeleireiros e as lojas de rua, já se encontram abertos, mas com um dia-a-dia preenchido de contingências e limitações. Começa agora um processo de adaptação e de educação entre clientes e funcionários. A Visão mostra-lhe como está a ser vivido este período inicial do desconfinamento, no bairro lisboeta de Alvalade.
Se uns já saíram à rua e retomaram alguma normalidade nas suas vidas, outros não anteveem, ainda, essa possibilidade. O medo persiste, preocupam-se pela despreocupação dos outros. É tempo de atenuar restrições, mas há quem prefira adiar o reencontro com o exterior. O receio em sair à rua é sentido de diferentes formas e por motivos vários. Ser considerado grupo de risco, estar grávida e ter filhos pequenos, são alguns deles, como mostra a Notícias Magazine.

LÁ FORA
Como Portugal, países como Itália e Alemanha, reiniciaram, já, algumas atividades económicas, enquanto França, por exemplo, se prepara para iniciar o levantamento de algumas medidas de restrição apenas na próxima segunda feira, dia 11 de maio. Aos poucos, os dias vão sendo reajustados.
Os impactos económicos do surto na Europa estão a superar os que se seguiram à crise financeira de 2008. Previsões negras para o cenário macroeconómico europeu, que deverá retrair 7,4% este ano, de acordo com as previsões da Comissão Europeia – quando, no horizonte, persistem os receios de uma nova vaga do surto.
Para o Primeiro-Ministro de Itália, Paulo Gentiloni, as consequências económicas da pandemia a nível mundial podem durar anos, colocando em causa o mercado único e o euro. A União Europeia precisa de uma resposta decisiva e conjunta por parte dos líderes europeus. Leia no The New York Times.
No dia 8 de maio, decorrem 75 anos sobre o fim da Segunda Guerra Mundial e a vitória dos Aliados contra as tropas nazis. A data, marcante, pediria festejos à altura, não fosse o contexto de pandemia que o Mundo atravessa. Se tudo tivesse corrido como o planeado, na Praça Vermelha, em Moscovo, Vladimir Putin receberia este sábado Emmanuel Macron e Xi Jinping numa parada com mais de 15 mil soldados, lembra o The Guardian. Mas as celebrações foram, entretanto, suspensas, à medida que são registados recordes no número de novos infetados por Covid-19 (e que, em número total, já ultrapassaram os casos na Alemanha e França). A Rússia é, agora, o novo foco de preocupação na Europa (e na Ásia). Um novo revés para o Presidente russo, depois de, em abril, ter sido obrigado a suspender o referendo sobre reformas que dariam a presidência até 2036.
Enquanto uns países estão no bom caminho para achatar a curva de contágio pela Covid-19, outros veem essa missão ainda longe de concretizar, como aponta a Sábado. O Brasil, que regista pelo segundo dia consecutivo mais de 600 mortes, será, segundo dois estudos recentes de investigadores brasileiros realizados com a Universidade Johns Hopkins e a de Oxford, o novo epicentro mundial da pandemia. Não havendo certezas de quando será o pico do surto, Jair Bolsonaro manifesta-se apenas contra o isolamento, considerando que este não serve para desacelerar a propagação do vírus. A postura do presidente preocupa os países vizinhos como o Uruguai, a Colômbia e a Venezuela. Leia o artigo no Diário de Notícias.

Contra factos não há argumentos
O período de confinamento tornou imparável a hegemonia do digital. Um estudo do Observatório da Comunicação, publicado no Diário de Notícias, chama a atenção para os desafios da digitalização no setor dos media.
Segundo o relatório, a crise trouxe mudanças que se refletiram na imprensa, na televisão e na rádio, sendo que este último meio foi o que maior poder de encaixe demonstrou, provando a sua resiliência e a “capacidade do mercado da voz em resistir às adversidades”. As mudanças manifestaram-se, também, na superiorização dos consumos online face aos setores tradicionais e no crescimento dos canais de streaming que alcançaram 800 000 novos subscritores em Portugal.
Aderir ao digital é imperativo para a sobrevivência dos media, que atravessam um período de grandes dificuldades. Encontrar modelos de negócio alternativos, que não dependam da publicidade geral, mas estejam mais virados para as receitas dos leitores, com assinaturas e pagamentos diretos é essencial.
O sucesso empresarial reflete, em muito, o crescimento individual e é, por isso, tão importante investir em ambas as vertentes. Este artigo da Forbes fornece-lhe 5 razões que demonstram a importância do investimento pessoal para o crescimento da empresa. O retorno sobre este investimento vale a pena e merece ser trabalhado.

Como sobreviver
Com o objetivo de ajudar a criar mais oportunidades de trabalho no contexto pós-Covid, a Fundação Calouste Gulbenkian está à procura de soluções globais de base tecnológica destinadas à promoção das literacias (básicas e transversais) em adultos. Uma parceria com o Solve.MIT, que consiste na realização de um concurso, o “Gulbenkian Award for Adult Literacy”, e que implementa “uma oportunidade para novos negócios e novos empregos”. As candidaturas podem ter origem em qualquer parte do mundo, tendo de incluir uma fase piloto em Portugal. Agora, como nunca, está nas mãos de cada um o reerguer da economia. Conheça o projeto no ECO.
O estado de emergência terminou, mas o recolhimento domiciliário continua a ser um dever obrigatório – sendo que os grupos de risco devem manter a atenção redobrada. Para os mais velhos, depois de tantas semanas de confinamento, é preciso recuperar alguma dinâmica física. O Público disponibiliza um conjunto de exercícios adaptados para que, em casa, consigam manter a sua independência e saúde, prevenindo, assim, as doenças que ocorrem durante o processo de envelhecimento.
O levantamento das medidas de confinamento deixa, ainda, algumas atividades em suspenso, como é o caso do transporte aéreo. No entanto, a Mokambo e a Pensal – marcas pertencentes à Nestlé – dão-lhe a possibilidade de descolar de Portugal. Na plataforma Uma Boa Saída, poderá percorrer grandes cidades como Lisboa, Paris, Rio de Janeiro e Nova Iorque sem sair do seu ecrã. Para ver na Marketeer.

Facts&Figures
“A crise económica da COVID-19: Factos e Perspetivas, Desafios e Respostas” é o mais recente “caderno de notas” da EY que aponta para uma crise económica que se difunde e alarga com uma complexidade crescente. Para ler aqui.
Como serão os comportamentos dos consumidores no “novo normal” que, a pouco e pouco, se vai mundialmente conquistando? O estudo “What’s next? Be ready” aponta para cinco tendências neste futuro próximo que poderá ler na Marketeer.
A ânsia de recomeçar e de reconstruir é grande, mas é preciso responder a algumas perguntas. Como podem as empresas reabrir e sustentar-se neste ambiente difícil? Qual a saúde financeira de fornecedores e consumidores? Como se motivam funcionários a regressar ao trabalho e com a certeza da sua segurança?
Esta é uma fase nova de esperança, mas também de cautela. O vírus permanece oculto e a capacidade de conter a sua propagação ditará o que se sucede, podendo o seu ressurgimento culminar num recuo destas novas medidas impostas. É exigido aos líderes das empresas que reinventem os seus modelos de negócios, ainda que continuando a responder aos tremores secundários da crise.
Este artigo da McKinsey & Company concentra-se em 8 medidas que os CEO’s poderão tomar e que se focam em relançar a atividade económica de forma segura e com o sucesso em vista. Uma dessas medidas passa pelo desenvolvimento de um mapa detalhado do relançamento, capaz de orientar os esforços de produção e das vendas.

Fazer a Diferença
Nem todos têm a mesma facilidade de acesso aos meios substanciais e é com ações de solidariedade que a tempestade se ultrapassa. A Tabaqueira, que tem vindo a prestar o seu contributo em diversas áreas para a mitigação do surto de Covid-19 em Sintra, estabeleceu agora uma parceria com a Câmara Municipal do concelho para distribuir 200 refeições diárias à população mais vulnerável. Estas refeições incluem sopa, prato principal e sobremesa, e são entregues por entidades como a Santa Casa da Misericórdia de Sintra, o Centro Social de Reformados e Idosos de Albarraque, a Ser Alternativa e a Re-Food de Rio de Mouro. Saiba mais no Jornal Económico.
O confinamento foi e está a ser, ainda, para muitos, sinónimo de criatividade e de dedicação ao próximo. Ashley Lawrence é uma estudante americana que frequentava o último ano de um curso especializado no acompanhamento de pessoas com deficiências auditivas, quando a pandemia chegou aos Estados Unidos. Pensou na dificuldade que a utilização de máscaras traria para essas pessoas e, com a ajuda da mãe, experiente em costura, desenhou um modelo prático e seguro, com uma “abertura” na zona da boca forrada com material transparente. Em dois dias, mãe e filha receberam dezenas de encomendas de seis Estados diferentes. Motivadas com os resultados, não pararam por aí e aperfeiçoaram os modelos, de modo a que estes não interferissem na zona posterior das orelhas, com os aparelhos auditivos. Leia na Visão.
A Delta Cafés, em parceria com a start-up portuguesa Classihy, lançou uma plataforma de vouchers, #VoltaremosPortugal, com 50% de desconto para o consumidor, assegurado pela marca, para ajudar cafés, bares e restaurantes. Os consumidores podem comprar os vouchers de consumo e utilizá-los quando os estabelecimentos voltarem a abrir portas. “Acreditamos que terá de ser dado um passo adicional, com um benefício financeiro e imediato para o consumidor”, refere Ariane de Melo, CEO da Classihy. O Meios e Publicidade dá-lhe a conhecer esta plataforma.
O Lidl, prosseguindo com a iniciativa “Ajudar quem mais precisa”, vai oferecer alimentos aos sem-abrigo, com a ajuda dos utilizadores das redes sociais. Os fãs da página de Facebook e Instagram do Lidl são desafiados a partilhar o post da campanha “Partilhe para Ajudar” e, por cada três partilhas, a marca doa uma refeição a quem mais precisa, juntamente com o parceiro CASA (Centro de Apoio ao Sem-Abrigo). Mais uma ação que alerta para a necessidade de se apoiar os setores mais frágeis. Pode ler na Marketeer.

Opinião de Gonçalo Sampaio
Queremos o fim do português como língua tecnológica e de inovação?
O primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa assinalou-se esta semana, no dia 5 de maio. Um marco importante e que serve de reflexão a Gonçalo Sampaio, presidente do Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual e sócio da J.E. Dias Costa, num artigo de opinião que publicou no ECO. “De entre os oito países de língua oficial portuguesa [Portugal] é o único que, voluntariamente, abandonou a língua portuguesa como língua da inovação e da tecnologia”, escreve o especialista, referindo-se à decisão tomada, pelo Governo de Portugal, de aceitar a implementação de um sistema europeu de patentes que descarta a língua portuguesa, limitando assim o acesso de muitas pequenas e médias empresas nacionais à inovação. “Se queremos o português como língua que potencie a inovação e a tecnologia, capaz de gerar valor económico, então não abdiquemos de exigir que patentes válidas em Portugal, estejam em Português”, exorta Gonçalo Sampaio.

ALL Comunicação
A ALL Comunicação, juntamente com cinco outras agências internacionais, integra a Fincom Alliance, uma rede europeia focada na comunicação financeira. São elas a Comma, a TE Communications, a Mymediarelation, a Fargo e a Liminal Communications.
A nova rede profissional composta por agências independentes, pretende focar-se em ajudar organizações financeiras a implementarem estratégias de comunicação em mercados-chave da Europa, incluindo Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Num setor cada vez mais competitivo e complexo, com constantes e novos desafios, os clientes querem, cada vez mais, agências que percebam realmente o seu negócio, prestando um serviço de aconselhamento estratégico de confiança e partilhem insights de qualidade.
“Para as marcas há sinergias e eficiências que são geradas por este modelo – em que cada agência mantém intactos o seu perfil e a sua autonomia – porque pensamos e planeamos a comunicação com um conjunto de parceiros que se conhece, que troca impressões, que explica o que funciona, ou não, nos seus mercados. As marcas querem resultados e sabem que a cultura e o contexto influenciam o resultado”, diz José Aguiar, sócio fundador da ALL Comunicação, em entrevista à Marketeer.
“Este é um projeto que nasce com ADN europeu, de quem acredita no futuro da União Europeia e na liberdade para trabalhar e prestar serviços neste espaço comum”, diz.
Para conhecer mais sobre a FINCOM ALLIANCE, visita a página no site da ALL.