24 DE ABRIL 2020 | #11
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COMUNICAR É ACRESCENTAR VALOR

INDISPENSÁVEL
O mundo vive hoje uma guerra mundial. Só que, desta vez, a Humanidade está unida e do mesmo lado da barricada. A COVID-19 não dá tréguas e tem sido igualmente mortífera em todas as geografias. Agora, é chegado o tempo de aprender a lidar com esta pandemia. E só teremos sucesso nessa missão se todos nos unirmos na criação e desenvolvimento de ferramentas capazes de combater este surto global. “A pandemia da COVID-19 – a primeira pandemia moderna – definirá esta era”, sentencia Bill Gates, num artigo publicado no seu portal, The Gates Notes, que procura entender as inovações e estratégias que ainda são necessárias para enfrentar a situação atual. A inovação é o caminho de salvação para a Terra. Um artigo factual e extenso, uma visão informada, para ler com tempo.
Este sábado, cumpre-se uma data histórica no calendário português. Pondo de lado a polémica que tem rodeado o tema das comemorações do 25 de abril, no atual contexto de pandemia COVID-19, não queremos deixar de assinalar o 46º aniversário da Revolução dos Cravos. E fazemo-lo com música, essa língua universal. Neste feriado, ligue-se ao Spotify e faça uma viagem no tempo, ao som das vozes emblemáticas de Zeca Afonso, Sérgio Godinho ou Paulo de Carvalho e tantas outras, parte do nosso património histórico e cultural.

POR CÁ
Esta semana foi marcada pelo arranque da telescola, que fez da RTP Memória a nova líder de audiências, ultrapassando os programas mais vistos dos canais portugueses. As gerações mais novas aderiram ao conceito e os mais antigos recuaram no tempo. Esta peça da TSF (para ler e ouvir) conta-lhe como foi, nos anos de 1970, a chegada da “caixa mágica” às escolas portuguesas. E com o ensino através da televisão fez chegar a todos a educação, num país de aldeias isoladas.
As primeiras máscaras reutilizáveis certificadas pelo Citeve – Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário encontram-se, agora, disponíveis para compra online. Há, neste momento, cinco empresas a produzir máscaras (mas são onze as empresas certificadas e validadas para o fazer), que pretendem lançar no mercado português milhares de máscaras laváveis para o cidadão comum ou para profissionais de áreas com atendimento ao público. Uma medida que não só contribui para a saúde pública, como também incentiva o regresso à atividade de várias empresas têxteis, que querem levantar o layoff o quanto antes. Boas notícias para a economia nacional, no Diário de Notícias.
Numa altura em que existem já vários pedidos de registo das palavras “Coronavírus” e “Covid-19” em Portugal e noutros países da Europa e do mundo, importa saber se estas palavras podem ser legalmente convertidas em marcas.
“Nós em Portugal, temos uma enorme capacidade inventiva e criativa. O nosso problema depois é a nossa falta de cultura de proteção”. É preciso transmitir a mensagem de que a invenção, por si só, não é suficiente. “Inventar e proteger é um investimento e é a criação de um ativo económico que se pode tornar muito relevante”, diz Gonçalo Sampaio, advogado e representante da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI) em Portugal, num podcast para ouvir no Observador.

LÁ FORA
Os cientistas de Oxford começaram, esta quinta-feira, a testar uma vacina de combate à Covid-19. Esta ação conta com a participação de 500 voluntários dos 18 aos 55 anos. “O melhor cenário é que, em setembro de 2020, tenhamos a capacidade de fabricar grandes quantidades da vacina”, afirma Sarah Gilbert, que conduz esta investigação. Leia no Observador como vai ser desenrolado o estudo clínico. Entre os voluntários deste ensaio desenvolvido pela Universidade de Oxford, encontra-se um português que vai estrear este processo de vacinação no início de maio. Pode ler no Público.
O surto do novo coronavírus tem separado famílias e mesmo assim, há quem ainda consiga ser bastante criativo para que as ligações não se percam. Este artigo do The New York Times é a prova do clichê: o amor vence barreiras. Neste caso, fronteiras. Uma história entre um homem alemão de 89 anos e uma mulher dinamarquesa de 85 que mantêm a sua relação viva na fronteira fechada entre os dois países. Vale a pena ler.
Num período tão ambíguo como este, nunca é demais ler histórias que inspirem. O confinamento está a ser um grande desafio para todas as famílias, mas… Como será numa família de 8 membros? E de 9? E… de 13? Veja no The Guardian como estão algumas das famílias numerosas britânicas a lidar com este período de contenção social.

Contra factos não há argumentos
É um facto: o Tik Tok, que começou por atrair apenas os mais jovens, começa agora a chamar também a atenção das marcas. A rede social, que propõe a realização de desafios e danças coreografadas para reprodução instantânea, tem vindo a crescer, tendo aumentado o seu tráfego em 30%. Em tempo de pandemia, procura-se mais distração.
“O entretenimento está a crescer exponencialmente e é um ambiente onde não há notícias (sobre o vírus), das quais as pessoas já estão um bocadinho cansadas. Estão mais recetivas para receber publicidade porque estão mais descontraídas”, explica Cristina Figueira, digital account manager da Azerion, empresa que gere a comercialização de publicidade em plataformas e jogos, incluindo o Tik Tok. Esta rede já tem 1,7 milhões de utilizadores em Portugal e não deve parar por aqui. “É uma rede onde há muito consumo, e onde ainda faltam criadores”. Leia tudo no Diário de Notícias.

Como sobreviver
Com uma crise pela frente, há que saber aceitar as circunstâncias difíceis e tentar retirar o melhor proveito delas. Esta é a altura em que os líderes têm de tomar decisões rápidas, mas com precisão. Segundo a consultora americana Gallup, os funcionários esperam dos seus líderes que sejam capazes de transmitir “confiança, compaixão, estabilidade e esperança” em épocas tão conturbadas com as que atravessamos. Com a liderança adequada, as organizações podem conseguir mais do que sobreviver apenas à crise, como pode ler na Forbes.
Para quem considerava as palavras-cruzadas um passatempo monótono e pouco interessante, a verdade é que os tempos de confinamento vieram demonstrar que, afinal, até são um bom aliado para matar o tempo e exercitar o raciocínio lógico, a memória e testar conhecimentos. Uma tendência à qual os jornais portugueses não têm sido indiferentes, incluindo do Expresso e o Público, ao ponto de oferecerem agora edições diárias de palavras-cruzadas e em formato digital – para ninguém ter de sair de casa.
Esta é uma sugestão do CEO da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, que considera este tempo importante para fazer um “balanço do negócio e da estratégia”: a leitura do livro de Jack Welch “Vencer”, dirigido a pequenas ou grandes empresas, colaboradores da linha da frente, detentores de MBA, gestores de projeto e executivos seniores, entre outros profissionais. Segundo o CEO, um exemplo ao nível da gestão. Para ler no Jornal de Negócios.
Com o dia da mãe a aproximar-se, a Fox Life quer aproximar as famílias portuguesas através de uma campanha. Os espetadores dos vários canais Fox vão poder deixar uma mensagem às respetivas mães. Têm apenas de enviar um vídeo através do Facebook Messenger para o canal da Fox que pretendem até ao dia 28 de abril e as declarações selecionadas vão ser exibidas entre os dias 1 e 4 de maio. Uma iniciativa que procura ajudar a encurtar a distância. Saiba mais na Marketeer.

Facts&Figures
Esta quinta-feira, os líderes europeus aprovaram medidas do Eurogrupo e defenderam unanimemente a necessidade de criar um fundo de recuperação económica, que deverá passar pela ida da Comissão aos mercados e pela emissão de dívida. Contudo, “o diabo está nos detalhes” e esses, em princípio, só vão ser conhecidos a 6 de maio. Chegará a tão ansiada “bazuca”? Ou tudo não passará de uma “pressão de ar”, para utilizar a analogia do Primeiro-ministro António Costa? O Expresso explica o que já se sabe e ainda não.
O estado de emergência tem obrigado muitas empresas a adaptarem-se a uma nova realidade. Tem sido um momento muito desafiante sobretudo para os líderes das empresas, que se veem obrigados a repensar as suas estratégias. No Visual Capitalist pode ver os cinco comportamentos que os líderes devem adotar para que se diferenciem no mercado, de acordo com Vince Molinaro, especialista global em mudança e cultura da mudança.
Depois de um mês de quarentena obrigatória e numa altura em que se acredita que o regresso gradual à normalidade pode ser realizado com maior segurança, é tempo de fazer o balanço das repercussões sentidas com a imposição do estado de emergência. O Público convida-o a fazer esta análise, através de vários gráficos. Observe como alguns fenómenos como a poluição, o trânsito, as idas às urgências hospitalares e o tráfego aéreo, diminuíram, ao contrário do consumo de internet, por exemplo, que aumentou. Veja os setores que mais sofreram com a pandemia e aqueles que ainda têm procurado resistir, procurando alternativas para prosseguir o seu negócio.

Fazer a Diferença
Agora, mais do que nunca, é essencial aceder a informação de confiança. Mais importante ainda, é garantir que todos possam ter acesso a essa informação. O Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24) disponibiliza já uma plataforma de atendimento por videochamada, dedicada aos cidadãos surdos. A linha conta com seis intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, como pode ler no Jornal Médico.
Numa altura em que Itália ultrapassa as 24 mil mortes, Maurizio Arrivabene, que comandou a equipa da Ferrari na Fórmula 1, juntou-se à luta contra o coronavírus. Voluntariou-se para conduzir ambulâncias, de forma a transportar pessoas para o hospital. Leia na Tribuna do Expresso.
Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, lançou uma campanha para apoiar financeiramente dançarinos, coreógrafos, maestros e músicos portugueses que tiveram de interromper por completo as suas atividades durante estes meses. Este é o tempo de “deixar os lucros imediatos e concentrar em ajudar os mais vulneráveis”, diz o empresário num artigo que pode ler no La Voz de Galicia. A empresa portuguesa baixou o preço dos seus produtos e doou fundos par a compra de material e ventiladores para o Serviço Nacional de Saúde.
Adeus, Super Bock Free. Olá, Super Bock Doc. A Super Bock sem álcool vai mudar temporariamente de nome a partir da primeira semana de maio. Uma edição especial que pretende glorificar todos aqueles “que deixam tudo para trás para estar na linha da frente”, os profissionais de Saúde. A marca cervejeira também tem produzido gel desinfetante para o Serviço Nacional de Saúde. O processo de desalcoolização utilizado para garantir que a Super Bock Free (de momento, Super Doc) não tem álcool é o mesmo que garante a produção de desinfetante para as mãos. Para ler na Marketeer.

Opinião de Nuno Gaioso Ribeiro
A saúde financeira das empresas portuguesas: doenças crónicas, terapia e vacinação em plena pandemia Covid-19
A terapia de emergência é necessária, mas insuficiente para a recuperação plena. Para Nuno Gaioso Ribeiro, sócio-fundador da Capital Criativo e Presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco, “se nada for feito para a capitalização das empresas portuguesas, muito em breve estaremos numa competição internacional (ainda) mais desigual com os nossos concorrentes de economias robustas.”
Uma solução possível para combater a atual crise passa pela criação de um fundo de fundos, o “fundo Capitalizar”. Conheça a proposta neste artigo imperdível do Expresso.