17 DE ABRIL 2020 | #10

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COMUNICAR É ACRESCENTAR VALOR

INDISPENSÁVEL

Se a democracia não é mais do que a ideia da vida em comunidade, qual o sentido de continuar a existir um regime democrático num ambiente pandémico? Como se exerce a política? Um texto muito interessante sobre a literatura da Democracia, numa altura em que, em muitas Nações, os direitos e liberdades dos cidadãos estão suspensos. Para ler na The New York Book Review.

“Poderemos estar ainda longe de ver o princípio do fim na questão dos mercados financeiros.” Inês Domingos, João Borges de Assunção, ambos da Universidade Católica, e Pedro Macedo Alves, gestor de ativos e economista, explicam num podcast da International Affairs Network por que razão as previsões dos economistas e as expetativas dos mercados ainda são demasiado otimistas. Vale a pena ouvir no Spotify ou no Google podcasts.

POR CÁ

Na expetativa de um último estado de emergência, o Primeiro-ministro centrou o discurso naquilo que pode ser o início de um progressivo regresso à normalidade, já no próximo mês. António Costa está a projetar medidas para que se consiga conviver apesar “ameaça” do vírus. O requisito fundamental é “tornar abundantes no mercado os meios de proteção individual”. Veja quais são as três grandes mudanças no terceiro estado de emergência, no Eco.

“E se a memória do Antes do Covid ainda está (muito) fresca nas nossas cabeças, o Depois do Covid é, para já, um mar de pontos de interrogação”. Passado um mês da aplicação do Estado de Emergência e da entrada do país em lockdown, começa a ser importante pensar quando será o Depois do Covid. Para Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, é preciso “começar a preparar e a antecipar esse primeiro dia do resto das nossas vidas”. Só com um comportamento responsável é que situações como “o buraco financeiro que estamos a criar nas contas das Empresas e do Estado” podem ser atenuadas. “Portugal não pode parar”, uma mensagem que pretende reforçar, através de um artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo.

Nas últimas 24 horas, foram identificados 181 novos casos, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 1% e demonstra, mais uma vez, a importância do confinamento social. Mas o sucesso da adoção destas medidas, a que os portugueses tão bem responderam, pode esconder fatores negativos. “Portugal está a sair-se bem no travão à covid-19, mas sobretudo por más razões”, diz o Público. O isolamento dos idosos portugueses e a manutenção de um interior despovoado, assim como práticas culturais indoor e a adesão à “cultura de ecrã”. Para ler no Público.

LÁ FORA

De acordo com as palavras da chanceler alemã Angela Merkel, na passada quarta-feira, o país alcançou um “sucesso intermédio frágil” na luta contra o novo coronavírus e os primeiros passos para o reerguer do país passam pela reabertura parcial de lojas e escolas. A Mercedes-Benz e a Wolkswagen vão começar já na próxima semana a reativar algumas fábricas alemãs. Para ver na Reuters.

O que se denominava de crise de saúde pública, revelou-se mais do que isso. Transformou-se numa expressão da desigualdade racial e de classe. Um artigo publicado na The New Yorker, que traduz a forma como a população afroamericana, nos Estados Unidos, está a sofrer mais do que outras etnias com a COVID19 – a que a autora do artigo, professora de Estudos Afro-Americanos da Universidade de Princeton, chama de nova ‘peste negra’. Para ler aqui.

Com os seus 1,35 mil milhões de habitantes, a Índia é conhecida como a maior democracia do mundo. Um epíteto que, no entanto, pode estar em causa neste tempo em que os estados de emergência proliferam por todo o mundo. No The Guardian pode ler como o Governo indiano parece estar a perseguir académicos, intelectuais e jornalistas numa altura em que se registam mais de 13 mil casos de infeção de Covid-19 e cerca de 450 mortes naquele país.

 

Contra factos não há argumentos

Catarina Midões, economista no ‘think-tank’ europeu Bruegel e mestre em Econometria da Maastricht University, publicou um ensaio no Observador, onde recorrendo ao Google Trends, compara o comportamento adotado pela comunidade, em geral, em diferentes países europeus, incluindo Portugal. “Os números indicam que, mesmo sem ação governamental, se os indivíduos estiverem informados optam por praticar algum grau de distanciamento social”. E mesmo em “países onde a acão do governo é tardia, os indivíduos podem distanciar-se para abrandar a progressão da infecão (com custos económicos), se estiverem cientes dos riscos.”

O isolamento requer teletrabalho forçado e este, por sua vez, necessita de meios que o possibilitem. As regras de confinamento aplicam-se a todo o mundo, o que torna difícil a aquisição de aparelhos cruciais nesta fase, como os computadores. Segundo a consultora IDC, o mercado vai sofrer um corte de 15-20% na distribuição de equipamentos tecnológicos, devido ao encerramento das fábricas em Wuhan. “Mais de 90% dos computadores portáteis e tablets importados para a Europa são fabricados e montados na China”. Veja no Sapo Tek.

Como sobreviver

Numa altura em que o digital se torna numa ferramenta que lhe permite continuar em contacto com o mundo, pode continuar a desenvolver algumas competências. A Lisbon Digital School lançou mais de 20 cursos online transmitidos em direto com temáticas relacionadas com o Marketing Digital, como SEO, E-mail Marketing e Linkedin. Os cursos contam com profissionais na área, disponíveis para esclarecer todas as suas questões. Saiba mais no Pplware.

Em tempos de emergência, é importante que se mantenha ocupado mas também protegido. Os apertos de mão são gestos instintivos (bem o sabem António Costa e Tiago Brandão Rodrigues, que na semana passada, não deixaram de se cumprimentar desta forma, mesmo à frente das câmaras de televisão), mas, com a necessidade da contenção social, podem traduzir-se em situações muito embaraçosas, sobretudo no mundo dos negócios. Saiba como evitar apertos de mão sem ferir suscetibilidades na Harvard Business Review.

Quando se fala em proteção, não se fala apenas de saúde física. A mente é também uma componente muito importante que deve ser cuidada e os efeitos da pandemia na saúde mental podem continuar a sentir-se depois da crise. Na Vox, pode ler um artigo que aborda esta questão, com base em vários estudos, e apresenta-lhe algumas estratégias para a combater. “Podemos estar fisicamente distanciados e muito conectados socialmente”, refere Javanbakht.

E porque o isolamento é visto de diferentes perspetivas, vale a pena ler este artigo do Público. Eduardo Jorge, um ‘especialista’ em isolamento social desde 1991, devido a um acidente, redige alguns conselhos para que o tempo possa ser bem aproveitado. Uma forma diferente de olhar para este tema. 

Facts&Figures

Num momento desafiante como ao de hoje, as Big Tech têm um grande impacto na economia. Através de uma junção de dados, pode consultar a análise feita no Visual Capitalist, a respeito das contribuições financeiras exercidas pelos gigantes da Big Tech em resposta à pandemia. 

Os factos comprovam e, em situação de emergência, há quem ainda consiga crescer. A Netflix atingiu o nível mais elevado do mercado, esta quinta-feira, depois de ter superado a sua grande rival Disney. Para ler na Forbes.

Não se pode ignorar a rapidez de propagação da Covid-19, numa altura em que o confinamento social começa a ser, lentamente, levantado em muitos países. Numa altura em que poucos estabelecimentos para além dos supermercados estão abertos, foi feito um estudo na Finlândia que, recorrendo à ajuda de modelação 3D, explica a importância de se continuar a respeitar as normas de segurança em todos os espaços públicos. Leia e assista ao vídeo no Pplware.

E quando o mundo “para”, a poluição diminui. A pandemia de Covid-19 tem afetado a saúde da população mundial, mas tem também originado melhorias para o planeta Terra no que toca aos níveis de poluição. Através de imagens de satélite, verificou-se uma melhoria da qualidade do ar nos Estados Unidos e na Índia entre 2019 e 2020. Veja tudo no Sapo Tek, que faz referência também a um estudo anterior que revela uma diminuição drástica da poluição em Portugal. 

Fazer a Diferença

GlaxoSmithKline e Sanofi, dois dos maiores fabricantes de vacinas do mundo, puseram de lado a concorrência e juntaram-se para desenvolver uma vacina para a COVID-19, que esperam poder chegar ao mercados entre 12 a 18 meses. Segundo David Loew, o responsável pela área de vacinas da Sanofi, esta é uma parceria que faz todo o sentido dado que, neste momento, todas as farmacêuticas têm “uma peça do puzzle”. Para ler no Financial Times

A UNICEF está a apoiar as crianças mais vulneráveis e as suas famílias em todo o mundo na prevenção do contágio do novo coronavírus. Em Portugal, a organização anunciou a distribuição de 80 mil máscaras para os profissionais de saúde no valor de 50 mil euros e a elaboração de conteúdos de sensibilização e de apoio a pais, professores e outros profissionais para que consigam lidar com as atuais circunstâncias em casa. Saiba mais na página das Nações Unidas.

O movimento começou em Itália e foi agora replicado em Portugal. A campanha solidária portuguesa “Nunca Desistir”, à qual se associaram várias entidades como o Santander, a Federação Portuguesa de Futebol, Missão Continente e a TVI, tem como objetivo angariar donativos e ajudar as famílias portuguesas mais fragilizadas pela pandemia. Para ver na Visão.

Na luta à Covid-19, o Governo Britânico, em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA), lançou uma iniciativa de 2,6 milhões de libras que procura soluções que recorrem a tecnologias espaciais para ajudar o National Health Sistem, o sistema de saúde pública do Reino Unido. Uma iniciativa que surge da parceria com o Ministério para a Inovação Tecnológica e Digitalização de Itália e que tem o apoio do Governo Português, através da Portugal Space e da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Para ler mais no Sapo Tek.

Opinião de Beatriz Imperatori

“Uma crise com consequências sem precedentes para as crianças”

A atual situação de emergência de saúde pública originada pela Covid-19 vai deixar uma marca profunda nas crianças, sobretudo nas mais vulneráveis.

“A preocupação da UNICEF é a concretização de todos os direitos, na sua realização transversal e interdependente. A Educação, Saúde e Proteção são especialmente importantes porque a sua ausência ou fragilidade trazem um prejuízo profundo ao saudável desenvolvimento da criança.” Um artigo de opinião de Beatriz Imperatori, Diretora Executiva da UNICEF Portugal, para ler no Público.

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